domingo, 20 de outubro de 2013

MINHA ANALISE E CRITICA SOBRE A REUNIÃO DA COORDENAÇÃO GERAL COM AS COORDENAÇÕES DE NÚCLEOS DA FRENTE DE LUTA


Salvador, 20 de outubro de 2013.

A todos os Coordenadores e sub-Coordenadores,

Vou começar falando que em 1940, o ator Errol Flynn, vivendo o papel do Capitão Geoffrey Thorpe, um corsário que atacava para a coroa britânica os navios espanhóis carregados de ouro da América Espanhola. Numa de suas investidas contra os galeões espanhóis ele acabou capturado pelos. Mas enquanto era mantido prisioneiro o Capitão Thorpe descobre que os espanhóis arquitetaram um engenhoso plano para assassinar a Rainha Elizabeth I, que no século XVI era quem governava a Grã-bretanha. O Capitão Thorpe consegue fugir e é claro vivendo mil peripécias evitar que a Rainha da Inglaterra seja morta pelos espanhóis. O filme é - O gavião do Mar - que é considerado por muitos, inclusive por mim, como o maior capa e espada de todos os tempos. É mais que um simples filme de aventura ele tem um propósito que é o de passar uma mensagem e quem a passa é a mais respeitada soberana inglesa, a Rainha Elizabeth I, esse papel coube a atriz Flora Robson, que com grande dignidade faz um discurso carregado de emoção no qual ela encoraja os homens e mulheres livres a não permitirem que o mundo seja dominado por um único império, um único homem! Em 1940, época em que filme foi lançado, essa fala se aplicava a Inglaterra que estava em guerra contra as forças nazistas de Hitler.


Hoje particularmente esse mesmo discurso poderia se aplicar a Frente de Luta Popular e bem poderia ser a Coordenadora Geral, Rita Sebadelhe, a fazer esse pronunciamento encorajando os homens, as mulheres e os idosos livres da Frente de Luta a não permitirem que se deixem dominar por um único pensamento ou um único homem. Não estamos em guerra e nem lutamos contra o nazismo ou Adolfo Hitler, mas lutamos contra as injustiças sociais e sabemos que o mal tem muitas faces... Eu pensei que havia deixado tudo isso bem claro antes, no e depois do Congresso, quando criei as Coordenações de Núcleos com um Coordenador e quatro sub-Coordenadores e uma Coordenação Geral, quando retirei meu nome da Coordenação Estadual, inclusive, na ocasião usando alegoricamente a figura de Leôncio, o Senhor de Engenho, da novela Escrava Isaura, para enfatizar que a nova Coordenação Estadual, a Coordenação das Municipais e as Coordenações de Núcleos e os Conselhos de Ética e Fiscal da Frente de Luta, passavam a ser uma única organização participativa e democrática, sem os velhos caciques como Johnes e Idelmário ou os chefes como eu e Pedro, os 200 Congressistas entenderam isso ao aprovarem com poucas ressalvas o Estatuto, o Regimento Interno e a logomarca da Frente de Luta. Mas hoje assistindo a reunião da Coordenação Geral com as Coordenações dos Núcleos eu vi que:
  • Poucos têm consciência da sua responsabilidade como Coordenadores e consequentemente como lideranças populares;
  • Alguns colocam seus interesses pessoais acima dos interesses do coletivo de que dizem fazer parte e que no caso é a Frente de Luta, mesmo já tendo sido ou estando sendo beneficiados antecipadamente pelas conquistas lideradas pela Coordenadora Rita Sebadelhe; e
  • Outros, felizmente pouquíssimos, eu vi que querem seguir pela via da degeneração, como fizeram outros grupos hoje totalmente desacreditados pela sociedade civil, pelas organizações populares e pelos poderes públicos, erroneamente acreditando já possuírem no hall para falar com propriedade em nome de toda a Frente de Luta ou serem capazes de executar de forma assertiva e eficiente às obrigações tão bem desempenhadas pela Coordenadora Geral da Frente de Luta, Rita Sebadelhe. É obvio que é uma empreitada inútil essa, pois por e em tudo estão errados.

Por fim, eu vi que me enganei, sim estou reconhecendo que errei, eu errei ao procurar homenagear o trabalho, o empenho e a criatividade demonstrada pelo companheiro Marcelo Barbosa, criador da sigla – FELEPÊ – quando da árdua campanha que enfrentamos na tentativa de elegermos Rita Sebadelhe vereadora da Frente de Luta pelo PCdoB. Foi um erro da minha parte pensar que ele se sentiria prestigiado pelo reconhecimento. Mas a sua revolta e negação de sua própria criação, a qual eu só fiz incorporar a logomarca criada por mim e doada a Frente de Luta que em seguida foi aprovada pelos 200 Congressistas durante o I Congresso da Frente de Luta. Mas ao contrario do que imaginei, ele não deseja ser lembrado e prefere o anonimato, o que tem que ser respeitado.


Os 200 Congressistas representantes dos sem-tetos
na plenária do I Congresso da Frente de Luta 

Infelizmente como acabo de dizer, esta logomarca foi aprovada pelos 200 Congressistas por unanimidade e como sabemos o Congresso é a instancia máxima da Frente de Luta e só no II Congresso da Frente de Luta é que vou poder pedir que os Congressistas definam uma nova logomarca sem a sigla estilizada criada por Marcelo Barbosa – FELEPÊ – para que seja usada por nosso movimento. Ate lá, no entanto, a logomarca da Frente de Luta é a que foi aprovada pelos Congressistas (estavam todos a usando na ocasião e ninguém, nem mesmo o próprio autor da idéia, questionou o fato). Por isso advirto a Coordenadora Geral Rita Sebadelhe e qualquer outro Coordenador de qualquer das esferas de comando que qualquer outra logomarca criada que não seja aprovada pela plenária do Congresso deve e vai ser considerado um ato de desrespeito à vontade e determinação da maioria dos integrantes da Frente de Luta representados pelos 200 Congressistas e estará sujeito à punição na forma do Estatuto e do Regimento Interno da Frente de Luta.

Para encerrar essa minha analise da reunião da Coordenação Geral quero dizer que quando ajudei a criar o Movimento dos Sem Teto de Salvador; o Movimento dos Sem Teto da Bahia e a Frente de Luta Popular; nunca esperei ser reconhecido por uma escolha que fiz conscientemente de livre e espontânea vontade. Mas confesso que me ofende e pior ofende a minha história de luta a ingratidão! Porque quando olho pra os rostos de vocês eu vejo sem-tetos que ou já estão morando em suas casas ou estão perto de morar em suas casas e isso graças a tudo que fiz e tudo que sacrifiquei! Diante disso é fácil entender a expressão proferida por Caio Julio César ao ser esfaqueado pelas costas por seus camaradas: “Até tu, Brutus, meu filho?” – a ingratidão de estranhos machuca, mas a ingratidão de conhecidos é irreparável!

Espero que pensem bem em tudo que disse aqui e façam uma profunda autocrítica.

Atenciosamente,

Naelcio Cleon Soares I


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

ATENÇÃO INTEGRANTES
DA FRENTE DE LUTA


A Coordenação Geral da Frente de Luta informa que para realizar o cadastramento no programa minha casa minha vida pela prefeitura os que ainda não se cadastrarm devem acessar o link: http://www.casavida.salvador.ba.gov.br/formulario/casavida.php